Eu segui uma discussão onde growth hackers argumentavam a necessidade de Facebook e Google darem cursos avançados sobre como anunciar em suas plataformas.
Meu argumento é que aprender com Google e Facebook sobre como gerenciar anúncios nas suas respectivas plataformas é atirar no próprio pé, já que temos interesses antagônicos.
A principal preocupação de Google e Facebook é que gastemos o máximo de dinheiro possível em anúncios. Já a nossa preocupação é totalmente contrária.
Me mostre alguém recém-treinado pelo Google no gerenciamento de Adwords e eu mostro uma pessoa que vai gastar muito além do necessário.
O mesmo vale para o Facebook, que em seus treinamentos e conselhos insiste que, por exemplo, se faça anúncios para obter curtidas em fan pages. Isso enquanto eles ativamente diminuem o alcance das mesmas.
O dever do growth hacker é justamente “hackear” (no bom sentido) sistemas. Plataformas de anúncios também são sistemas.
“Hackear” nesse contexto não significa programar. Significa entender um sistema tão bem a ponto de usar esse conhecimento, juntamente com sua criatividade, para encontrar alternativas não-convencionais em um ambiente altamente competitivo.
Esse tipo de mentalidade hacker é ainda mais relevante para plataformas de anúncios, que funcionam em formato de leilão. Como a competição por determinados públicos e colocações aumenta o preço, há ainda mais incentivo para não seguir o que Google e Facebook recomendam para todo mundo e buscar ações menos populares de crescimento.